Quando somos pais todos passamos pelo mesmo: aturar os
conselhos que não pedimos. Principalmente quando é o nosso primeiro filho,
parece que as pessoas não compreendem que estamos preparados para o desafio.
Com tanta informação que há, cursos de preparação para o
parto, entre outros, por que acham os demais que as suas dicas e as suas
maneiras são mais correctas que as nossas? Falo por mim, toda a informação que
procurei foi validada, na sua maioria, por profissionais, por que esperam que
ouça as cantigas de antigamente? Ou até me desafiarem nas minhas crenças? Como
a comum que irrita qualquer mãe que quer dar amamentação exclusiva “a criancinha
está a chorar, deve ter fome” ou o famoso “o teu leite é fraco”, e tanta vez que
se tem de responder: “sim, só dou mama e a minha filha não passa fome, obrigada”.
E as pessoas ficam com uma cara esquisita a pensar “mas o bebé da outra já come
tanta coisa!”. Pois, cada pai é diferente e cada pai faz o seu melhor.
Ao invalidarem as acções dos pais e tentarem-nos corrigir
com as vossas, que imagem acham que estão a passar? Que não sabem o que fazem,
que estão a tentar ensiná-los a ser bons pais. Pois bem, quem faz isto é que
não sabe ser boa companhia, por que não questionam as suas acções de outra
forma: “por que fazes assim?” em vez do: “nem acredito que fizeram isto!”. Pois
eu vos digo, eu é que por vezes nem acredito na capacidade rudimentar de
pensamento, por não considerarem novas abordagens e julgarem com a sua mente
restricta que as coisas só podem ser feitas de uma forma: a que conhecem.
Por vezes, quando me deparo com alguma questão que ainda não
compreendo bem, sou a primeira a pedir ajuda (como quase todos os pais): a quem
eu quero. Mas por vezes as pessoas confundem este pedido de ajuda com uma intromissão
completa na nossa vida, como se lhes tivesse dado carta verde para comentarem
tudo. Por ter uma questão é sinal que não sei nada?
Já pensaram que podem estar a dar conselhos errados?
Desactualizados? E os pais a confiarem na sua ignorância, sim porque as pessoas
fazem com que alguns dos novos pais se sintam ignorantes como se não soubessem
nada. Apesar de todas as tentativas e atestados de ignorância que me tentaram
passar, sei que não sou a mãe perfeita (nem existe), mas sou a minha melhor
versão de mãe e orgulho-me muito disso.
Eu opino aquilo que me perguntam, faço questão de respeitar
outras ideologias e de não ofender quem tem um pensamento diferente. Todos
fazemos o nosso melhor.
Não há ninguém que conheça melhor a minha filha que eu,
ninguém. Tudo o que eu faço é a pensar primeiro nela, nunca me coloco em
primeiro lugar. As verdadeiras mães fazem o mesmo, não incluo as “vacas
parideiras” como mães.
Portanto, deixem as mães respirar, tomar as suas decisões,
respondam quando vos pedirem opinião mas não julguem se não seguirem a vossa
resposta…se vos intrigar a forma como estão a fazer algo, questionem a lógica,
em vez de atacarem de forma directa ou indirecta (sim, nós percebemos quando
tentam culpar terceiros só para não nos dizerem as coisas na cara).
Não há uma resposta certa para tudo nem uma teoria certeira,
o coração de mãe para mim é o mais certeiro de todos e nele vou continuar a
confiar e fazer ouvidos de mouco a tanta opinião não requisitada.
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